sábado, 14 de março de 2015

Não se use como Parâmetro!

É estranho, mas a grande maioria das minhas amigas já estão casadas, com filhos e construindo uma bela família.
            A minoria encontra-se nos bares, outra pequena parte segue em busca de emprego, trabalhando, ou fazendo tudo isso junto, ao mesmo tempo.
            E eu, meus caros? Estou aqui escrevendo para vocês.
            É engraçado, todas nós nos usamos como parâmetros... e esse é o nosso maior erro. Minhas amigas apaixonadas acreditam que só serei feliz se encontrar um amor, e elas têm pressa para que isso aconteça. Em contrapartida, minhas amigas solteiras querem que eu curta muito a vida, ao modo delas. As concurseiras se preocupam demasiadamente com minha falta de estímulo para os concursos.
            E eu, o que acho disso tudo?
            Bem, acho que todas se digladiam tentando me empurrar algo que não irei aceitar.(ponto). Está sozinha não implica infelicidade, ser caseira não se relaciona ao tédio e estudar não é sentença de sucesso. Não para mim.
            Impressiono-me com frequência com julgamentos alheios. A maior parte das pessoas utilizam-se como um modelo a seguir. Convence-se que estão sempre corretas. Para elas, quem pensa diferente é mentiroso ou hipócrita.
            Minhas caras, há um universo gigantesco a sua volta e lamento decepcioná-la, mas você não é o centro dele. As pessoas pensam diferentes, sentem diferentes e não será a sua opinião que irá torná-la apta ou não para o que quer que seja. Não se use como parâmetro.
            Cada um tem sua própria história, personalidade, construída com circunstâncias únicas, particulares. Tentar enquadrar os outros é bobagem.
            Temos nosso próprio jeito de encarar a vida, e o mais legal é a diversidade. Não julgue hipocrisia por não conseguir enxergar outro meio de viver que não seja o seu. Não existe um jeito certo ou errado, e sim o que melhor se adéqua a cada um, a partir das situações por elas vivenciadas. Portanto, não se use como parâmetro.

    Milena Macena do Espirito Santo  
                          

sexta-feira, 6 de março de 2015

Precisamos conversar sobre política

Ao iniciar o blog a primeira coisa a pensar foi: jamais escrever sobre política. Estava saindo da universidade e sinceramente... muito cansada de debates passionais e inflamados. Não há imparcialidade na política, aliás, em nada.
            Mas não há como fugir de algo que nos atinge diretamente, a política move a sociedade, afeta a economia e fere(ou não) o cidadão, que em decorrência da boa ou má administração tem sua vida transformada. Saúde, alimentação, qualidade de vida, absolutamente tudo isso dependerá da gestão abordada pelos governantes. Dessa forma, está bem informada e consciente do que nos cerca é fundamental (coisa que necessito fazer frequentemente).
            Sendo assim, a política está intimamente relacionada com a ética e todo dia é dia de ética. É necessário conversar sobre a moralidade de um país que se encontra em profunda crise. Crise na saúde, na segurança, na educação, no “petróleo”, ou melhor, no caráter de incontáveis gestores. Essa turbulência não é de hoje, nos acompanha há muito tempo, mas tudo tem limite, tenha santa paciência! Aliás, a paciência de santa não tem nada nesse caso. Tolerância nem sempre é virtude.
            Estamos exaustos de corrupção, dinheiro mal investido ou “transferido”. Aumenta a gasolina, aumenta energia, só não aumenta a saúde e a segurança do povo brasileiro. Exigir transparência é direito, ter direitos reconhecidos não é favor, é dever! É dever do Estado proporcionar elementos básicos para a população, mas até do básico estamos longe!.
            Nesse exato momento em que o país vivencia tal crise,  grande parte da população parece se tornar “apartidária”, visto que não há nenhum partido que a represente. No entanto, se somos o reflexo de nossos governantes e estamos insatisfeitos e inconformados com determinada situação: olhemos diariamente para nossas atitudes, no intuito de não nos igualarmos em circunstâncias rotineiras.  Cobrar e fazer a nossa parte.  
            A novela “O Rei do Gado” trás a tona (novamente) a honestidade do senador “Caxias”, tão mal visto em seu meio por ser honesto. Honestidade se torna chacota e defeito em meio a um mundo torto. Torto sim, onde já se viu a integridade se tornar motivo de piada?!. Se todos nós fizéssemos a nossa parte, um ato honesto seria naturalmente bem recepcionado, enquanto qualquer ato de improbidade se tornaria repulsivo. Mas existe chacota, pois todos parecem seguir um único caminho, e o integro é “idiotizado”, lamentável, lamentável somos.
            Precisamos conversar sobre política, mas acima de tudo sobre ética.

 Milena Macena do Espírito Santo