sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Quando a Vida te supreende.

Como ontem foi o dia da saudade...


            Estava aqui pensando na efemeridade da vida, é tão estranho. Podemos passar anos sem ver e conversar com aquele amigo da escola, do condomínio, da rua em que morávamos, da universidade, do trabalho e de tantos outros lugares que nos deu a oportunidade de conhecer e criar vínculo com alguém.
            Sabemos que eles estão por aí construindo suas vidas, talvez com algumas dificuldades, mas certamente repleto de sonhos. E então, de repente, sem aviso prévio a vida te surpreende e aquela pessoa que por várias vezes você deixou de recordar, porque hoje sua realidade é outra e infelizmente não tem o prazer de desfrutar da companhia de todos, te marca com uma lembrança triste. Aquele amigo, que talvez tenha virado um estranho para você, mas que preencheu sua vida por um determinado período se vai, assim... do nada, desta vez para muito longe, e você sabe que é definitivo.
             Você não poderá mais ouvi-lo e nem gargalhar juntos, ou simplesmente sentir o seu abraço, embora isso não aconteça há bastante tempo, mas já ocorreu, já vivenciou, e pra você ele(a) estava tão bem por aí pelo mundo arquitetando sonhos e metas. Mas chegou o momento que você não queria vivenciar, a dor da perda, de alguém especial que nutriu sua vida de sorrisos e abraços não mais habita a mesma dimensão que você.
            Por menos contato que tenha tido nesses últimos anos isso te deixará perturbada(o), triste, perplexa(o). Toda a juventude e sonhos foram interrompidos, por alguma motivação que você desconhece. E agora só restam lembranças.

            Então eu te pergunto, será que nunca é tarde demais? O que você deixou de dizer? Hoje não poderá mais ser dito, nem aquele abraço mais sentido e tudo por orgulho ou comodismo. 
Milena Macena do Espírito Santo
                       

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Dificuldade em elogiar

        Conheço muita gente “insossa” que parece não encontrar beleza alguma na vida. Sempre fico na expectativa tentando desvendar o que se passa na cabeça delas. Quando sairá um elogio? Mas será que ela(e) sabe o que é isso? O que causa satisfação e alegria para essas pessoas? Será mesmo que não enxergam nada belo?
            Eis que sai um elogio, um tanto desajeitado que mais parece uma crítica que qualquer outra coisa, mas é um elogio. Caramba! Até pra elogiar tem que criticar! Se você for boa em observação, mas for boa mesmo, vai sacar uma perolazinha no final do discurso, preste atenção cara leitora:
            - Passei 10 horas viajando pra chegar naquele fim de mundo, mas até que deu para o gasto.
            - É pequeno o local né? A localização é mais ou menos, mas até que não é tão ruim assim.
       - Não entendi o motivo daquele alvoroço, todo mundo elogiando, eu hein!, só porque ele é um pouquinho fotogênico.
            E aí, gostou do passeio?
            - É ...
            - É o que?! Gostou? Não gostou? Gostou mais ou menos?
            - É até que foi legalzinho
            Minha nossa senhora do perpetuo socorro! Mas será possível uma coisa dessa!
         Fique muito feliz! É um baita de um elogio esse “legalzinho”. Tenho uma coleção de amigos(as) e familiares assim, e olha...se sorrir fico extremamente satisfeita, acreditem!
          Mas o que acontece? Que dificuldade é essa? É orgulho? Timidez? Inveja? Pessimismo? Indiferença?
         É um tanto complicado escrever sobre algo que não dominamos, até porque não existe uma alternativa, uma explicação, e sim várias. Vamos às hipóteses:
·    - > Provavelmente foram criadas de forma tão severa que nunca conheceram um elogio, ficam sem jeito quando gostam de algo e não conseguem externar. Não foi aprendido. (ah! Mas a irmã foi criada da mesma forma e ela elogia tudo! Bom pra ela, ninguém nasce com o mesmo temperamento né verdade? E espero que seja sincero esse “tudo”).
·      - >  Acham-se superiores e todo o resto é um nada perto deles.
·    - >  Consideram-se inferiores, não sabem conviver com esse sentimento e sentem-se mal por te achar tão bom e ele tão ruim.
·    - >  Sentem inveja. Afinal “ninguém odeia o fraco e nem inveja o feio”. Sinta-se feliz! Alguém gosta tanto que só  te critica, vai por mim... no fundo é pura admiração.
·  - > São pessoas orgulhosas, não gostam de elogiar e pronto! Simplesmente não transmitem sentimentos, pois não acham necessário, não gostam de se expor.
·  - > São indiferentes. (aí não tem jeito, não gosta e nem “desgosta” de nada mesmo)

         É complicado, não sabemos se estão à vontade ou não com alguma situação, as respostas são vagas e sem emoção. Mas continue na luta Amigo! Você vai consegui abrir uma brechinha de luz na vida dela(e).
       Ah, mas, por favor, hein, nada de elogios falsos e carregados de ironias. É melhor ficar calado mesmo. Outra coisa, não dependa deles, basta você saber o que é bom para você e pronto, já está bom demais! o que vier é lucro e alegria! O problema nem sempre é você, e sim uma dificuldade do próximo, ok?! ;)
    


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Paixão e Cegueira

           Relutei bastante para não assisti a novela “Amor à vida” de Walcyr Carrasco, muita violência, família desestruturada, irmão passando a perna na irmã, e pior...abandonando a sobrinha numa caçamba de lixo. A graça era Valdirene, convenhamos.
            Sou fã incondicional das novelas de Manoel Carlos ( o “Maneco”), embora trate sempre dos mesmos assuntos, focalizando sempre o Rio de Janeiro e suas belas paisagens como plano de fundo, e a trilha sonora sempre muito parecida em todas as novelas, que por sinal eu adoro! Uma bossa nova, um MPB. Transmite uma atmosfera familiar, muitas vezes com traições e dilemas familiares. Na verdade o Maneco deve ser muito família mesmo!. Ele definitivamente tem sua característica, não diversifica nos seus assuntos, dificilmente encontramos algo radical em suas novelas, mas essa é a peculiaridade dele, que por sinal sou muito fã, ah mais isso vocês já sabem.
            Nem sei por que mencionei o Maneco, deve ser por que estamos em transição de uma novela do Walcyr para a última de Manoel Carlos (já estou saudosa, por se tratar da última).
            Embora não tenha gostado de “Amor a Vida”, Walcyr foi muito feliz ao ocasionar a cegueira no personagem do Antônio Fagundes (César). Achei extremamente metafórica e pertinente. A Paixão cega meus caros!
            Homens e mulheres se perdem nesse labirinto emocional que é a paixão. Paixão é uma espécie de droga, adrenalina, que faz o individuo perder o bom senso e muitas vezes o amor próprio. É alteração dos sentidos e diminuição da racionalização.
            Assim como César, homens se tornam marionetes nas mãos de mulheres sádicas, por pura paixão. Mulheres perdem o bom senso pela mesma motivação.
            E vá reclamar com o tal do individuo sobre sua companheira, sua opinião será aniquilada e você será rebaixado para o menos importante numa escala de 1 a 10, acredite você seria o 11º.
            Não há conselho, palavras, provas suficientes contra nada, a atração é fatal, imune a qualquer bombardeio que venha de parte alheia. A vista cessou! defeitos não existem, perigos não existem, só existe paixão. E por quanto tempo dura? Não faço ideia.
            Mas, querido leitor, nem tente passar colírio nos olhos alheios, nem proporcionar uma cirurgia ocular, nada adiantará, nada! Você será odiado e a paixão será fortalecida.
            Walcyr realmente ganhou muitos pontos comigo com essa cegueira de César, pois assim como a paixão a cegueira do tal César também passará.
Milena Macena do Espírito Santo

           

            

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Concursos, legislações e a vida como ela é!

               Lembro da primeira vez que fiz um concurso público, ainda estava na metade do curso de Serviço Social, queria saber como era, e olha...não gostei muito não.
            Esbarrei em várias questões. Uma delas em especial descrevia uma determinada legislação, as alternativas que me deixaram confusa foram: a) Atendimento Universal; b) Atendimento Não universal.
            Parei, pensei na prática. Quanta ingenuidade. Na prática tal atendimento não é universal de jeito nenhum, emperramos em pré-requisitos, burocracia, seletividade, desigualdade. Definitivamente não! O atendimento não é universal.
            Mas que droga! O gabarito diz ser universal e a lei também! Perdi a questão e a ingenuidade.
            Estava agora a pouco passando a vista na legislação do SUS
            Lei nº 8.8080 de 19/09/1990
Art. 3º - A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais: os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do país.
            Que pertinente! Tudo interligado como deve ser , já que todos os fatores influenciam direta ou indiretamente na saúde do indivíduo. Vocês prestaram atenção pessoal “os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do país”. E como estamos? Péssimos.
            Estamos péssimos em educação, péssimos em moradia, em saneamento básico, péssimos em transporte e claro, péssimos em SAÚDE.
            O SUS é realmente muito interessante no papel. Mas a grande parte da população brasileira não tem moradia decente, muito menos uma educação de qualidade. Então você espera horas na fila de um hospital para ser atendido, ver seu vizinho passar mal e até morrer na fila de espera. Seu coração acelera e você se desespera.
            O médico então te chama, ele está exausto, realizando o trabalho em péssimas condições, acaba descontando em você. Depois do atendimento retorna para sua casa, mas e agora?!
            Sua medicação acabou, você não tem dinheiro para comprar, solicita ao governo, recebe o aviso: - Está em falta. Sua casa é simples, sua rua não tem saneamento básico e não tem como você melhorar, haja paliativos!
            Os trabalhos de prevenção nem puderam ser realizados devido às condições em que você vive. Não te permite desfrutar da saúde e tudo que a legislação diz que é seu por direito.
            Chegou a hora de ir atrás do que te pertence. Nada feito, a burocracia emperra e seu país é corrupto.
            São várias as políticas extremamente seletivas, que muitas vezes você não é alcançado porque não basta está na miséria, deve está na miséria absoluta.
            Como você ainda consegue sorrir? Acho que talvez não entenda como o sistema funciona, compreendo, você não tem alternativa, a televisão diz que o Brasil está crescendo e mesmo diante de tudo que vivencia ainda tem esperança. E tem que ter, e tem que lutar também, caso contrário o caos prosperará, e não queremos isso né verdade?
            Assim é a vida para uma grande parte da população. Então eu te pergunto “E agora José?”
Milena Macena do Espírito Santo
Regionalismo brasileiro e caos urbano
google images - bruno dias

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Querida Lelê,

   Ao entrar na universidade e me deparar com você pensei ser o carisma personificado, pois todo mundo fica bem ao seu lado.
   A sua alegria não só me afeta como se propaga e cresce dentro de cada pessoa que convive com você. O seu jeito é tão encantador, doce e divertido que todos querem estar contigo, só pra ter o prazer de ter um dia mais leve e engraçado.
   Nossas aulas eram cheias de magia, eram risadas sem. Até quando você estava abatida, não parecia, pois reinada a alegria.
   Perguntas, respostas e comentários
   Tudo era um barato
  Quando Leila não estava...Ah! mas que parado!
  Queremos você ao nosso lado
  Agora uma vida repleta de amor
  Pois Kleberson a conquistou
  No chá com as amigas você vai ganhar
  Carinhos e votos por todo lugar
  Agora uma nova etapa se inicia
  Pois casamento é uma alegria
  Fique feliz a cada dia
  Pois sua felicidade é a minha
  
  Nossa doce lelê,
  Gostamos tanto de você!
Milena Macena




sábado, 18 de janeiro de 2014

O que é essa tal Felicidade?

    Estava assistindo “A procura da Felicidade” pela 10ª vez, por aí. Fiquei pensando num conceito sobre felicidade, se é que existe. Será que se procurar acha? Ou só o habito de procurar já é essa tal aí? É gente ou sentimento? Ou é tudo sem lamento?
     Então te pergunto o que é essa tal de felicidade?
   Talvez seja um estado de espírito, um instantezinho, ou constantes alegrias. Até momentos de tristezas, que depois suaviza e tudo fica tão bom. Talvez seja isso mesmo, a inconstância. É, para mim é a inconstância.
   Nessa inconstância você tornar-se constante. Ser forte, e principalmente acreditar em você.
  Essa tal felicidade nos foge das mãos, depois reaparece assim... como quem não quer nada, chega e se instala. Depois lá vai ela novamente embora, sem data nem hora retorna.
   Ah felicidade! Não me faça sentir saudade, que quando te pego não mais te devolvo!
   Tudo fica de novo o mais belo sonho.
   Você fica, você vai, mas eu não te deixo jamais!
   Assim, nessa sua dialética de ser. Eu te aceito. Sem mais nem menos, você.

   Milena M. E. Santo
                        

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Meio Termo

Te criticarão se você for gorda. Mas, caso seja magra também será criticada.
Seu entusiasmo, frescor e fascínio pela vida incomodará muita gente. Mas te esculacharão se for rabugenta e amarga.
Gosta de política? É crítica e radical. Evita falar sobre o assunto? É alienada.
Gosta de fazer compras? É fútil. Adora tecnologia? É nerd.
Abraçou um amigo? Adúltera. Não tem muitos amigos? Antissocial.
Usa short curto? Farrista. Gosta de roupas compridas? Evangélica.
Vai ao psicólogo? É louco. É bem resolvido? Fachada.
Não trabalha? Vagabundo. Trabalha demais?  Problemático
Gosta de conversar? Tagarela. É calado? Esquisito.
No mundo de extremos o meio termo se perde nas entrelinhas.
Milena M. E. Santo.
                               

sábado, 11 de janeiro de 2014

Menino Ruan

            O menino Ruan é uma dessas crianças de verdade. Daquele tipo que pergunta o que vem a cabeça, sem filtro, na pura inocência de ser uma verdadeira criança. O que é muito legal, especialmente nos dias de hoje em que a garotada só quer saber de ser adulto.
            Ele parece que foi retirado de uma revista em quadrinho, ou de um filme, a voz dele é tão bonitinha que parece uma dublagem. Ele costuma falar rapidamente sem parar, muita coisa, ele sempre tem muito assunto, aí dá uma parada, esbaforido, gagueja um pouquinho e retoma a história.
            Certa vez, ele estava na praia subindo e descendo dunas, junto a ele estava sua vovó, sua tia, tio e um pessoal muito amigo. Ele reparava numa “coroa” muito “enxuta” que brincava com ele nas dunas. Parou, olhou para ela e perguntou: - Ei, você tem quantos anos hein?
            Ela, por sua vez, achando que iria receber um grande elogio, por sua disposição em subir e descer dunas, além da sua beleza, é claro, respondeu: - tenho 51!!
            O menino Ruan olhou confuso e disse: - Oxeee! Só isso?! Eu achava que você tinha 93!
            Ninguém aguentou! Criança tem cada uma, mas por que 93? Da onde ele tirou o 3? Porque não 90? Ou 95? Kkkk. O mais engraçado é que nem a bisa dele tem essa idade, e ele convive diariamente com ela, e ela já é bem bisa...
            Outro dia, Ruan estava com alguma alergia, à vovó dele o levou ao médico, que advertiu: - Ruan nada de brincar com animais de pelúcia, ou cachorro e gato, certo?. A resposta foi imediata: - Mas eu vivo cheio de animais! Tem barata, lagartixa, rato, tudo lá em casa! . A vovó ficou morta de vergonha é claro, e nós ao sabermos, rimos como sempre.
            Outra grande pérola foi quando ele viu uma manga e recordou da casa dele, no quintal onde tem uma mangueira. Foi enfático: - Aqui eu posso chupar manga, por que as mangas lá de casa os ratos todos comem, minha vó que fica criando rato no quintal!.
            - Mas como é Ruan?! Eu crio o que? Rato? Tome vergonha! Deu pra mentir agora foi? (disse a vó, tadinha, tentando se justificar diante de tanta imaginação).
            - Cria sim vó! Eu já vi o rato lá no quintal comendo manga!!
            - Ruan, Ruan... pare com isso. (e dá aquela risada sem graça).
            Ruan impressiona com tanta esperteza. A vovó dele comprou uma torta salgada para levar a uma comemoração, ela retirou o embrulho e colocou papel filme. Ele, esperto que só, observou tudo minuciosamente e disse: - Oia tá trocando o papel pra dizer que foi a senhora que fez né?! Coisa feia!.
            - Mas quem disse isso pra você, Ruan..Ruan, deixe de estória!
            A caminho da comemoração, no carro, na estrada, passaram em frente ao cemitério. Ruan na pureza dos seus 6 anos, disse: - Olha vó! Jájá a senhora vai taí!
            - Como é menino?! Quer matar sua vó antes do tempo é?! Primeiro tem sua bisa que está mais velhinha! Deixe dessas conversas viu!
            Não satisfeito emendou: - Sim, mas a senhora também vai, e acho que não vai demorar muito não!
            - Ruan, Ruan...Deixe de coisa!
            kkkkkkkkk
            Ele joga muito vídeo game, e também aderiu à onda do tablet e celular. Quando a tia toma dele dou um grito interno (oba! Kkkk). Adoro ouvi-lo!
            E para finalizar neste dia tão ensolarado, imitem o menino Ruan. Estava ele na piscina, e disse: - aiai que vida boa, piscina, Sol, só faltou um churrasquinho agora!
            Certamente voltarei a escrever sobre Ruan, ele tem muita imaginação! E me rende muitas risadas.
Milena Macena do Espírito Santo
           

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Vamos dar um tempo?

              Dar um tempo, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa não é tão ruim assim. Na verdade é uma grande oportunidade de amadurecimento e revisão de certos conceitos. Não, de modo algum representa o fim, mas esperamos uma certa transformação, né verdade?
            Grandes amizades foram distanciadas pela dificuldade de conviver naquele momento. Talvez se tivessem rompido, futuramente iriam deixar de desfrutar de uma amizade mais madura e sincera, mas para isso, certo tempo foi necessário para rever a importância daquela pessoa em nossas vidas.
            Assim são os namoros, gostamos tanto, mas, nem sempre somos bons o suficiente para o outro naquele momento. Conversamos, brigamos, tentamos resolver, pesamos os prós e contras do relacionamento e ... – É melhor darmos um tempo (ou terminar, levando em consideração de que nada é definitivo). E o futuro? A Deus pertence.
            Passada uma temporada você estará mais centrado e certo das suas escolhas. Mas pode ser tarde demais. A vida segue e ninguém espera ninguém. Vamos pensar por outro ângulo, isso facilita sua escolha. Agora é hora de pensar em você, se cuidar e fazer por onde. Isso mesmo, amor próprio é fundamental, vamos iniciar uma nova fase, a sua! Modifique-se, transforme-se para melhor, sempre! .
            Até com nossos familiares, muitas vezes necessitamos de uma viagem, uma conversa e por que não um tempo? . Certos vínculos são eternos, não importa o que aconteça. Não espere o desgaste, renove-se e pense em suas escolhas, e principalmente na pessoa que está ao seu lado.
            Alguns laços quando desatados jamais permanecem belos novamente. Mas, a tentativa de uma reconciliação, de uma mudança e principalmente de um pedido de perdão, pode criar um laço novo, diferente e mais forte.

Milena Macena do Espírito Santo
                  

domingo, 5 de janeiro de 2014

A Dificuldade em ser autêntica

   Desde que eu sou eu, ou seja, desde sempre (pois graças a Deus e a educação de meus pais, tenho uma personalidade firme e não me deixo levar por modismos ou grandes futilidades), fui questionada sobre os meus gostos peculiares.
   Todos que convivem comigo sabe que sou avessa a certas badalações, e isso nunca foi empecilho para que eu fosse cheia de amigos e me divertisse pra caramba. No entanto, as pessoas que apenas me conhecem superficialmente, insistem para que eu modifique meu comportamento, me jogue na balada, fume, beba e fique com quem eu quiser. Alegam que amanhã será tarde demais e irei me arrepender amargamente.
   Esse tipo de "conselho" ouço diariamente desde os meus 13 anos e jamais o segui de tal modo, e pra falar a verdade...nem pretendo. Adoro aniversários, casamentos, natal, reveillon, programas caseiros. Gosto de me sentir a vontade, nessas datas e em determinados ambientes me jogo de verdade. Porém, não sinto atração em frequentar boates ou curiosidade em fumar e beber até cair. Mas, se você gosta, fique a vontade, é o seu jeito de se divertir, não é o meu.
   Até hoje não me arrependi de nenhuma grande festa que todos foram, menos eu. Aliás, "menos Milena" costuma ser muito pronunciada no meu grupo de amigos. Coisa que nunca me incomodou, até porque meus amigos me respeitam bastante.
   Se hoje fosse o último dia da minha vida, certamente não iria querer passar numa boate bebendo com um bando de desconhecido. Lamento decepcioná-lo, mas Milena está muito satisfeita com ela mesma e vive intensamente do jeito dela, no ritmo dela.
   Caríssimos, não irei mudar para agradar vocês, e sim me transformarei a partir das minhas experiências, circunstâncias e pessoas que surgirem na minha vida. Pois, nada está pronto e acabado, tudo é passível de mudança e eu nunca digo nunca para nada.
   Mas agradeço pela preocupação, se você se diverte assim, não feche seu mundo e seu ego, pois há muitas outras maneiras de ser Feliz além da sua.
Milena Macena do Espírito Santo
   
   

sábado, 4 de janeiro de 2014

Meu não mais querido ídolo juvenil

       Estava em férias, viajando com minha mãe e minha tia, fomos a Gramado, me encantei no momento em que cheguei. Estávamos explorando a cidade, fria e fascinante, era de tardinha e estava tudo mais que bom.
         De repente, percebo um belo rapaz loiro de olhos verdes com casaco preto de couro e calça jeans, sentado sozinho tomando chopp. Na verdade ele estava de óculos escuros, ressaltei os olhos só para dá uma pista, já que não citarei seu nome, por motivos éticos kkkkk.
         Imediatamente peguei minha máquina e entreguei a minha mãe, pedi que minha tia pegasse a dela também, por favor ao menos uma foto tem que prestar. Disse: - Gente, ali está ele (um determinado ator e apresentador da globo), vou pedir pra tirar uma foto, ok?
         Elas se entreolharam e disseram:  - Mas quem é ele? Nem sei quem é!!
         - Jájá explico, vou conversar com ele discretamente!
         Kkkkkk
         Me dirigi com muita coragem até ele, e com muita discrição também, acreditem, não sou nenhuma fã deslumbrada. Kkk
         Disse, calmamente: - Oi fulano...desculpa incomodar, mas será que eu poderia tirar uma foto com você?
         Ele respondeu: uma foto?! Tsc tsc (abaixou a cabeça, e junto minha empolgação também). Tá tá, mas sem chamar atenção e rápido.
         Tiramos a foto, ele nem se levantou, nem me cumprimentou e fui embora resmungando: - Mas quem ele pensa que é pra me tratar desse jeito, poxa! Achei que ele fosse mais gentil, meu amor platônico da adolescência kkkk que desilusão.
         Minha mãe e minha tia continuaram sem saber de quem se tratava
         Expliquei.
         Convenhamos, às vezes deve ser chato ser famoso, ter que posar pra fotos mesmo quando você não está bem. Realmente devo ter sido inconveniente, como a maioria das suas admiradoras.
         Na minha pré-adolescência meu quarto era preenchido com fotos dele, ah vai me dizer que você nunca passou por essa fase! Acho bom passar logo, ou vai ficar um pouco cômico depois de certo tempo vivenciar isso, fotos e mais fotos, deslumbramento e tudo mais. Isso faz parte da vida.
         É importante vivenciar todo esse encantamento, mas, por favor, hein, com moderação, nada de loucuras! Neymazetes, ou seja, lá o que for, nada fora dos limites.
         Depois de um certo tempo verá que não há nada de tão extraordinário na pessoa, ou então, irá admirá-lo realmente por seu talento e particularidade, sem ilusões ou fantasias típicas da adolescência.
         

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

A Culpa é da memória!

   Certa vez estava na praça de alimentação do shopping quando percebi uma mulher sorridente em minha direção. Meu reflexo foi sorrir de volta para aquele rosto tão familiar.
   Ela se aproximou, me abraçou e disse
          - Milena! que saudade de você! quanto tempo!
   Respondi o abraço e perguntei como ela estava. Apressadamente disse que estava ótima, que foi muito bom me ver, e se despediu, pois precisava resolver pendências.
   Isso ocorreu há 2 meses atrás e até hoje não faço ideia quem seja, mas sei que a conheço e gosto dela, pois meu reflexo não falha! kkk. Retornei a vê-la, me apresentou o marido, que por coincidência estudou na mesma escola que eu, mas ela não, disso eu tenho certeza. Mas da onde a conheço?
   Não para por aí!
   Estava trabalhando numa loja, uma mulher grávida passou em frente e acenou, acenei de volta meio confusa. Virei para o gerente, que estava atrás de mim e perguntei: - Foi pra você?
         - Não, Milena, acho que foi pra você mesma!
         - Acho que deve ter me confundido com alguém...
     Passam 5 minutos e ela entra na loja. Eu, toda formal, me dirigi até ela:  - Oi! td bom? boa tarde!
     Inesperadamente ganho um abraço afetuoso, que fez me sentir péssima por não reconhecê-la.
    Ela parecia saber muito sobre mim, perguntou porque estava na loja, já que não era minha área de formação trabalhar com vendas, e sabia que eu havia acabado de me formar. Conversamos. Ela me comprou uma camisa. Precisava preencher a boleta com o nome dela, mas achei muita falta de consideração da minha parte perguntar. olhei para minha colega no caixa e balbuciei: - Pergunte o nome dela, por favor!. Mas o recado não foi entendido.
   Então, é claro! como não pensei nisso antes.
       - Mulher me passe seu cartão que vou entregar ao caixa pra passar a sua compra.
   O cartão estava em minhas mãos, com o nome de Manoel. Ora! quem era Manoel!.
    Insisti: - Ah! sua identidade junto ao cartão!
       Sobrei novamente. : - Milena, vou passar na senha, não precisa de identidade não.
        - Ah claro, é verdade (respondi).
   Ganhei outro abraço, perguntei quantos meses de gestação ela estava, e ela foi embora.
   Meu colega me olhou e disse: - Nossa! ela te conhece muito!
   Imagine a minha angústia, procurei em minha memória  a fisionomia dela e não encontrei. Pensei nas escolas que já estudei, na universidade, nos meus antigos endereços, na academia que frequentava e NADA!.
   Nenhuma pista sequer.
   Outro dia, uma rapaz me abordou, estava com a esposa e a filha. Dessa vez eu sabia que o conhecia, só não lembrava bem da onde kkk.
      - Milena!! como vai?
      - Oi! tudo ótimo e vocês?
      - Tudo beleza! Deixa eu te apresentar minha família!
   Minha nossa e agora?! me dê uma pista , por favor! (pensei) 
     Brinquei com a filhinha dele, e perguntei :
      - Você está trabalhando? (pensei se tratar de alguém do cursinho)
      - Mas eu trabalho, sempre trabalhei!
      - Ah é...
      - Milena, sabe quem perguntou por você?!
   Eis que surge uma luz
     - Quem?!
     - O pessoal da. academia! saiu mesmo de lá né! eles sempre perguntam.
   Mas é claro! da academia! obvio! lembrei imediatamente das pertubações matinais que sofria na academia kkkk.
   Definitivamente minha memória não é mais a mesma. Especialmente se estiver em um contexto diferente. Se a conheço fardada no ambiente de trabalho, dificilmente reconhecerei se encontrar em outro lugar e vestida de outra forma.
   Até agora não lembro das mulheres acima, isso é tão constrangedor. Logo eu, a rainha da tagarelice, que adora falar com todo mundo, ando esquecendo nomes e fisionomias. Perdoem-me, agora que vocês já sabem, a culpa é da memória! 
   Não que você não tenha me marcado, de modo algum. É que acho que penso demais, ocorreu um "tilt" no armazenamento de informações. Ainda bem que ando sorrindo pela rua e gosto de observar olhares, falarei com você, mas caso não lembre, me dê uma pista! 
   Acho que minha memória e eu estamos envelhecendo rápido demais!

 
    

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Finais

             Os finais, na maioria das vezes são dolorosos, se pensarmos em despedidas de pessoas queridas, no fim de um trabalho que você batalhou e deu duro para conseguir, fim de um bom relacionamento, o fim da vida, de uma amizade, do seu chocolate favorito, daquela série que você adorava assistir, dos seus amigos que seguiram rumos bem diferentes do seu e você quase não os vê, daquela viagem, que se dependesse de você seria muito mais longa, da sua banda favorita, daquela turma da risada da época da escola e de tantas outras coisas maravilhosas, que por você, não acabariam nunca.
            Mas, acabou. Há também situações que tudo que vem na sua cabeça é “chutar o balde”, e você sente aquele alívio depois que tudo termina: um relacionamento que se prolonga apenas por comodismo, e que de repente (nem tanto) tem seu fim, a princípio o que se sente é nostalgia, tristeza, mas depois um grande alívio, pois percebe que nada mais parecia fazer sentido. Aquela dor de cabeça, aquele estágio que não te tratavam com o devido respeito, aquele curso que demorou muito, aquela gripe, todas as burocracias que precisam ser resolvidas, aquela conversa tão delicada, e tantas outras circunstâncias que passam por sua cabeça neste exato momento.
        2013 teve seu fim, e você talvez não tenha realizado tudo que queria. Lembro que em 2012 fiz o seguinte comentário “ Nossa, 2013 será tudo tão diferente, será a minha formatura”. O nosso currículo trabalhou para que não fosse tão brusco esse corte de vínculo, nossas aulas se tornaram duas vezes por semana e em pequenos grupos, para orientação de tcc e estágio, e assim foi...nos formamos, e 2013 foi diferente, mas tudo de forma “natural”, trabalhada. O ruim é quando a mudança é brusca, então haja adaptação e força.
            Que todas as tristezas que restaram de finalizações precipitadas partam junto com as lágrimas, e que todas as alegrias vivenciadas venham em dobro. Que 2014 seja um ano repleto de realizações, saúde, vivacidade, que consiga “finais” apenas felizes, sem precipitações, impulsividades ou devaneios. Que sua realidade seja a FELICIDADE. Feliz Ano Novo. 
             Recomece, no seu ritmo... e boa sorte! 

           Milena Macena do Espírito Santo.